Aqui Jeremias está narrando a fala de um povo que, por ter desobedecido ao Senhor, por ter sido obstinado e rebelde haveria de sofrer as conseqüências e buscaria salvação. Esta frase seria parte de um grito de desespero que ainda se ecoaria. O brado de um povo que pediria um livramento dos inimigos que estavam chegando; um escape da guerra iminente e da derrota iminente, uma fuga da conquista, da escravidão. Este seria o clamor de um povo que esperaria a salvação tão certa quanto à passagem das estações, mas ela não viria!
Nós já fomos salvos, mas não completamente! Na verdade estamos sendo salvos dia-a-dia de caprichos que ainda queremos satisfazer. Salvos de desejos obscuros e indevidos. Salvos de tantas coisas. Na verdade a salvação é assim: progressiva. É uma “vereda”, “que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. (Provérbios 4.18) É um caminho que começa escuro e vai se tornando dia. E só se transforma em dia porque o nosso Deus que é um “Sol” (Salmos 84:11) nasce sobre ele até que seja completamente iluminado e aquecido. Enquanto ainda está um pouco escuro há perigo de tropeçar, cair, de não enxergar os obstáculos, de se perder, mas logo que aquela figura, de beleza inenarrável aparece no céu tudo fica mais lindo, claro e fácil.
É a razão de vermos aqueles que já estão há mais tempo no caminho, que abriram os olhos de fato para ver o Sol, não tropeçarem tanto, não caírem com tanta freqüência; é o “Sol da Justiça (Malaquias 4.2) que lhes nasceu e trouxe cura, visão, agilidade para correr para o alvo em busca do prêmio (I Coríntios 9:24-27), sabedoria para trilhar este caminho que só terminará quando formos definitivamente salvos, resgatados, tomados daqui para viver eternamente com Deus.
Jean Rodrigo Batista
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