quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Olhos que refletem a imagem e semelhança de Deus!


"Quando olho para o céu, que tu criaste, para a lua e para as estrelas, que puseste nos seus lugares – que é um simples humano para que penses nele? [...] No entanto o fizeste o ser humano inferior somente a ti mesmo e lhe deste a glória e a honra de um rei." Sl 8. 3-5 NTLH

Sou um observador, gosto de olhar as maravilhas das mãos do nosso Criador e por diversas vezes me pego falando palavras semelhantes às de Davi no salmo oito. Faz alguns dias que saí a passeio e fiz umas fotos lindas do pôr-do-sol e fiquei tão embasbacado com o resultado e beleza que sempre que posso saio para ver um crepúsculo e adorar a Deus por tanta perfeição. Mas tenho tido a maravilhosa oportunidade de ser professor de alunos muito especiais em uma instituição especializada e tenho lhes observado todos os dias, sua beleza externa não é tão aplaudida e admirada quanto à de um crepúsculo vespertino, mas eles não estão excluídos do grupo dos que foram criados imagem e semelhança de Deus. Estive pensando sobre o modo como olhamos literalmente para estas "pessoas com necessidades especiais", e neste grupo estão incluídos os bêbados, drogados, mendigos e andarilhos. Pergunto-me: Como Deus olha para estas pessoas, e como eu olho? O que o meu olhar evoca neles?
Somos tão aprisionados por conceitos culturais que não conseguimos aceitar a possibilidade de uma criança ser desajeitada, tímida ou sem atrativos; que dirá ser deficiente física, visual, intelectual ou auditivo. Não admitimos proximidade com os bêbados, drogados, mendigos e andarilhos. Muitos passam, olham e ficam penalizados assim como o sacerdote e o levita na parábola do bom samaritano. "Eu os imagino chegando em casa e falando o mesmo que alguns de nós dizemos quando depois de ver um bêbado caído na rua, ou um mendigo. 'Puxa, hoje vi uma cena muito triste! Um homem caído na beira da rua. Que vida miserável! Que o Senhor tenha misericórdia dele!'. Sempre que agimos assim estamos deixando de ser um instrumento da misericórdia do Senhor e estamos sendo tão hipócritas quanto aquele Sacerdote e Levita".
É normal, nos desfiles de sete de setembro, encontrar pessoas que quando vêm os alunos de escolas de educação especial choram muito, outros nem ficam, dizem que é para não sofrer. Estas posturas absurdas não seriam tomadas pelo nosso Criador. Ele se entristece com a falsa piedade que vê; chora, mas não se aproxima para ajudar, nem agradece a Deus por ser perfeito e ter uma boa vida. Jesus sente grande desgosto e pesar ao ouvir muitos dizendo que não querem ver; que não querem olhar para os que foram feitos Sua imagem e semelhança, mas que por um erro médico, por circunstâncias especiais estão como estão. Estas crianças, estas pessoas com necessidades especiais, se deparam com uma rejeição constante e sem amparo. Os "espelhos" ao redor, que somos nós, determinam a imagem que elas devem ter, mas não conseguem alcançar quantos gênios perdidos por causa deste terrível processo de exclusão.
Para começar a consertar nossos erros, como indivíduo e como sociedade, devemos partir de um auto-exame, de uma "reunião conosco mesmo" como diz Augusto Cury, de rever conceitos e valores, de entender que o cuidado e preocupação excessiva com a casca na qual vivemos, com o corpo físico não nos permite reconhecer o valor essencial do ser humano, nos oculta a intrínseca imagem de Deus. Como diz Philip Yancey e Dr Paul Brand em "À imagem e semelhança de Deus": "Todos nos somos espelhos [...] Cada um de nós tem a capacidade de evocar nas pessoas que conhecemos a imagem de Deus, a faísca da semelhança de Deus no espírito humano." Vamos então olhar com mais compaixão (sofrer junto), com misericórdia (trazer o miserável para perto do coração) para estas pessoas e aprender que há muita beleza onde aparentemente não vemos nada.
Quero concluir com uma frase de William de St Thierry que diz: Conhece-te a ti mesmo, visto que és minha imagem. Então conhecerás a mim, a cuja imagem és feito, e me acharás em ti mesmo.
Solus Christus
Jean Rodrigo Batista

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

“...use a prática de súplicas, orações, ações de graças, em favor dos homens...” I Tm 2.1


É fascinante observar Paulo, neste versículo, incentivando Timóteo ao amor altruísta. Amor oblativo, que tem estado ausente de nossas igrejas, nossos lares e famílias nesta sociedade hodierna. Quando se dirige a Deus em favor dos homens, não fala: “Timóteo, ore muito por você mesmo.” Roga sim pelos homens.
A alguns dias ouvi de um pastor a frase de um conhecido desportista americano e cristão que dizia assim. “Nunca estive uma hora orando, porém nunca passei cinco minutos sem orar”. A princípio não meditei muito sobre a mesma, porém anotei-a em minha agenda. Hoje, após refleti-la, percebi a importância de tal gesto. Não deixar passarem cinco minutos sem orar, é manter comunhão com Deus, é necessitar de sua companhia e presença tanto quanto o ar que se respira.
Marcos Witt em seu livro “Adoremos”, diz “...um dos momentos que o cristão mais mente é quando está cantando!” É curioso observar esta verdade! Ouvimos os cristãos contemporâneos cantando: “Senhor te quero, quero ouvir tua voz (...) te quero mais” todavia passam horas, dias, ou até mesmo semanas (se não for ao templo) sem dizer ao menos: Jesus, eu te amo! Há alguns dias um pastor também, amigo meu, disse, falando sobre oração e comunhão com Deus que se aquele decreto do Rei Dario fosse hoje (Que por espaço de trinta dias, não se fizesse petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, a não ser ao rei Dario), muitos crentes nem perceberiam e, nem sentiriam faltas, conseqüentemente nem seriam lançados aos leões, pois ficam mais de trinta dias em orar; que dirá três vezes ao dia.
Oração é um meio de demonstrarmos nosso desejo de estar perto de Deus. Li uma citação do pastor luterano Valdir Steuernagel que, entre uma frase e outra, dizia assim “Nossos altares de ídolos estão lá fora... Mas também estão perto de nós... em forma de louvores desencarnados e expressões religiosas de mero consumo espiritualizante. Nas orações que só buscam o bem estar pessoal e o sucesso econômico”.
Nesta sociedade Pós-moderna, temos visto que é esta a dura realidade. Tem-se dado mais valor ao que se tem do que ao que se é. Todos querem ter, mais e mais! Esta migração da cosmovisão secular para dentro de nossas igrejas tem tirado o reconhecimento da necessidade de mudança, de crescimento e desenvolvimento espiritual. São líderes esquecendo-se de suas ovelhas menos abastadas e cuidando mais daquelas que tem mais a dar; membros renunciando sua vida de oração por algumas horas a mais no trabalho, por um ganho a mais, com o intuito de “ter”! Os minutos com Deus, o estar com Ele e o fazer de sua companhia uma praxe diária tem sido esquecido.
Achei interessante quando Stormie Omartian em seu livro “O poder de orar juntos” citou uma comparação que o Pr Jack Hayford fez sobre a oração. “Há pouco poder na chave de meu carro. O motor do carro tem poder, mas ele não funciona sem que a chave seja colocada na ignição. Em outras palavras, não tenho o poder de sair sozinho e correr 100 km por hora, mas tenho acesso a um recurso capaz de me fazer correr a esta velocidade. Jesus disse que nos daria as chaves do reino dos céus. A chave significa a autoridade, o privilégio, o acesso. Algumas coisas não serão ativadas, a menos que você as ative. Há coisas que não serão liberadas, a menos que você as libere. A chave não constitui o poder do motor, mas libera seu poder.”
Em um de nossos devocionais matutinos no Instituto onde estudo, tivemos a oportunidade de ouvir a palavra trazida a nós pelo o Pr Samuel Câmara, ele disse algo sobre oração que considerei importante: “A primeira oração que os discípulos fizeram foi logo respondida, e foi a mais simples das orações: Senhor, ensina-nos a orar?” Jesus os ensinou com a oração modelo que todos conhecemos: O Pai Nosso.
O mundo esta cheio de desafios novos a cada dia! Vivemos em um tempo que tudo o que é contemporâneo e relevante hoje, amanhã já pode ser obsoleto. A algumas décadas atrás, as coisas demoravam muito a mudar, hoje o que vemos é uma evolução tecnológica, moral e social alarmantemente veloz e cruel. Como dissera Robson Ramos em seu livro “Evangelização no Mercado Pós-moderno” “...caracterizam-se pela miniaturização, mobilidade e velocidade. E tudo é feito com um custo decrescente e facilidade crescente”. Enfim, tudo está correndo muito mais rápido que nossa capacidade de atualização. Se os líderes e seus liderados não tiverem uma vida baseada totalmente em oração constante. Acabarão em um fatídico momento, sendo balançados por todos os tipos de ventos de modas, doutrinas e pensamentos como um mar revolto. Nosso desejo de oração deve expressar nosso anseio por aquele que às ouve. Os pedidos expressam as prioridades de nossas vidas. O amor pelo que ouve nossas orações é demonstrado pelas prioridades da mesma. Oxalá nosso principal pedido fosse: Jesus coloca em mim sede, fome e desejo constante de estar em sua presença.
Jean Rodrigo Batista

terça-feira, 12 de agosto de 2008

MISERICÓRDIA...


Hoje existe algo que preciso muito. Algo que é suscitado pela miséria, para ser mais exato, pela “minha” indigência. Este algo, que não quero chamar assim, por ser tão mais sublime que um simples “algo”, é o que tem me mantido vivo e sobrevivendo. Este tesouro que de que necessito é maior que bens e mais precioso que a mais cara jóia; é a tal misericórdia. Preciso dela, desejo ser abraçado e levado para bem perto do coração do meu amado, aquele à qual meu ser suplica. Já me disseram que ela só alcança os miseráveis, os desprezíveis, os perversos e malvados; pois então quero me autodenominar “o pior deles”, e mais uma vez gritar: Misericórdia Senhor.
Misericórdia por olhar tanto o argueiro que está no olho do próximo e não cuidar em retirar a trave que está no meu. Sou tão néscio que me sinto, às vezes, no direito de julgar e até mesmo “forçar” um sermão que, se fosse um chapéu, entraria perfeitamente em minha cabeça, e creio que só na minha.
Misericórdia por distanciar sua presença e sua vontade para mim, de todos os “meus” projetos de vida. E o mais chocante é perceber que faço isto com a maior normalidade.
Misericórdia por ser tão superficial em minhas convicções e certezas, tão raso em minha fé, enfim, por viver um cristianismo de ribeirinho onde não experimento a inigualável sensação de navegar em águas profundas.
Misericórdia por amar de mentira, por chorar de mentira, por viver o “não” quando digo o “sim” e o sim quando digo não. Meu choro não te convence, nem a mim mesmo e meu amor não traz resultados, não é prático, ativo, nem verdadeiro.
Misericórdia por estar tão longe de ti, na minha intimidade; lá onde a porta se fecha e os joelhos “não” se dobram. Pareço teu íntimo, teu amigo sim; mas só na frente dos outros; assim como os fariseus. É tão difícil admitir, mas esta máscara, de tão usada, já se apegou a minha face; de tanto tempo sem lavar os pés, a sujeira está impregnada neles.
Misericórdia por me deixar envolver na teia da secularização e, sendo tão descrente, estar eivado pelo medo, pela ansiedade, pela ambição, pelo consumismo enfim. Preciso do remédio, mas tenho a terrível sensação de ter perdido o endereço da farmácia e do consultório do especialista.
Misericórdia por me preocupar mais em fazer uma boa apresentação do que em saber se tu estas satisfeito com meu louvor. Quando fecho os olhos, não sei mais se é para me concentrar na minha “inigualável” voz, ou se para te ver.
Misericórdia por não dar o meu melhor para ti naquilo que faço para teu reino. Meu tudo é direcionado para o que me trará lucros aqui; e quando me empenho é por competitividade ou para colher os louros que virão.
Disseram-me que ter misericórdia é trazer o miserável para perto do coração, então aqui estou eu, com tudo o que tenho e sou, e sei que quando me vês podes perceber que sou um miserável, alguém digno de dó. Toma-me Senhor e leva-me pra perto do teu coração. Li no dicionário que a misericórdia é uma compaixão suscitada pela miséria alheia. Espero Senhor, então que minha miserabilidade tenha lhe causado compaixão, que me perdoes e me deixes repousar, certo de que me acolhestes, e dormir ouvindo o mais belo som que o mundo já conheceu: as batidas do teu coração. Assim saberei que fui envolvido pela tua indescritível misericórdia.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O DIA DAS FRASES MAIS LONGAS!


Quero falar hoje de um homem que começa a sua vida rastejando, que somente conhecia o mundo de um ângulo terrível "de baixo para cima". Pra piorar a situação ele era um mendigo... Mas o que chama a atenção é que logo ele aparece pulando, saltando e glorificando a Deus. Este homem pediu esmola às pessoas certas, que não lhe deram o que ele pediu, mas algo a mais... "Não tenho prata nem ouro..." responderam Pedro e João. Que frustração! Creio que este não era o primeiro sinal negativo que ele havia recebido até então. Mais alguém que me dá as costas, pensava ele, mais um que nega uma esmola a um pobre vagabundo... Porém ele nem imaginava que aquela frase continuaria... "... mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo o Nazareno, ande". "E de um salto pôs-se em pé e começou a andar". Que história maravilhosa. Que mudança! Esta bela passagem de Atos 3.1-10 nos ensina algumas lições e podemos parar para refletir e aprender alguma coisa.
Ele veio pedir na porta do templo. Existiam outros tantos lugares para mendigar, mas ele preferiu vir á porta do templo. Ele tinha capacidade de raciocínio e percepção para saber que se existiam pessoas que lhe amariam, cuidariam dele e lhe dariam esmolas, seriam aquelas que iam ao templo. Possivelmente em outros lugares o movimento poderia ser até um pouco mais intenso, o fluxo de pessoas fosse maior, mas ele optou por estar à porta do templo. Isto nos ensina que devemos saber onde devemos estar para buscar algumas coisas. Não adianta buscar pão na loja de Material de Construção, ou cimento na Padaria! Desejar algo é maravilhoso. Sonhar, projetar...Que belas palavras! Porém se não formos às pessoas certas, nos lugares certos nunca acontecerá nada!
Podemos olhar ainda para esta mesma situação e refletir sobre nosso papel enquanto Igreja do Senhor Jesus. Será que à porta do templo há espaço para os mendigos, será que os ajudamos ou os expulsamos, os recebemos e incluímos ou excluímos, e mais ainda; será que temos capacidade para dizer a eles: "Olhe para mim! Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho isto te dou. Em nome de Jesus Cristo o Nazareno, ande".? Olhe para nós, disse Pedro! Quando eles olham para nós o que vêem? Pessoas totalmente empáticas ou seres absolutamente egoístas? Vêem em nós aqueles que ajudam por amor ou que ajudam para que eles saiam de vez da frente do portão de nossa casa? É interessante perceber que na passagem do Bom Samaritano, enquanto aquele homem que descia de Jerusalém para Jericó estava caído passam por ele um Sacerdote e um Levita, duas pessoas que por seu ofício deveriam prontamente olhar e cuidar dele, mas nada fazem, e por fim vem o samaritano que nem bom era, nós que colocamos o título de o BOM SAMARITANO. Ele simplesmente fez o que qualquer um deveria fazer (amou seu próximo) e cuidou dele. Eu imagino aquele sacerdote e o levita chegando em casa e falando o mesmo que alguns cristãos de hoje dizem quando chegam em casa depois de ver um bêbado caído na rua, ou um mendigo. "Puxa, hoje vi uma cena muito triste! Um homem caído na beira da rua. Que vida miserável! Que o Senhor tenha misericórdia dele!". Sempre que agimos assim estamos deixando de ser um instrumento da misericórdia do Senhor e estamos sendo tão hipócritas quanto aquele Sacerdote e Levita.
Chama-me a atenção que Pedro diz ao mendigo: Olhe para nós! Como que falando: Ei, amigo, veja, perceba em nós a diferença. Pedro poderia dizer assim. E você? Este imperativo de Pedro ensina-nos que mesmo em meio a problemas não devemos pedir olhando para baixo, ou pedir sem uma direção específica. A maneira como Pedro diz, faz-no subentender que ele precisava levantar a cabeça, olhar nos olhos daqueles a quem ele havia dirigido a palavra, significa que possivelmente o mendigo lhes fez o pedido com a cabeça baixa ou até mesmo sem olhar em uma direção específica. Pedir olhando para baixo é não pedir a Deus; pedir assim demonstra desanimo; é desejar sem desejo, querer sem vontade.
Quando Pedro diz: "Olhe para nós" ele quer dizer: "Seja específico! Tenha força de vontade! Levante a cabeça! Não se resigne á uma atitude de mendigo! Você pode! Olhe nos meus olhos e peça o que desejar. Não vou te dar o que você quer porque tenho muito mais a lhe dar. Você não sabe pedir, mas mesmo assim vou te dar o que você realmente precisa e não o que quer". Outra coisa que me chama a atenção nesta história é que a frase continuou. Que interessante! Da vontade de gritar de alegria! Pedro diz: Não tenho prata nem ouro... Esta frase somente assim, sem uma continuação, deixaria o mendigo mendigando, o aleijado se arrastando enfim; mudaria nada!!! Mas ela continuou.
Penso que nos poucos milésimos de segundos que separaram uma palavra da outra ele se entristeceu; reclamou (mesmo que por dentro) e pensou: Até quando vou viver assim, se rebaixando, sofrendo neste sol escaldante, engolindo a poeira que fazem estes pés que passam por mim sem ao menos parar para me ouvir? Até quando não vou poder ter um trabalho decente, uma família feliz, e orgulho próprio? Até quando vou ficar aqui fora do templo? Quero entrar lá também e com minhas próprias pernas, quero saber o que há de tão bom lá dentro que tantas pessoas vão ali. Então, para a sua surpresa a frase continua: "... mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo o Nazareno, ande". E ele não temeu, afinal era tudo o que ele mais desejava. Levantou-se, firmou as pernas e agora com dignidade a primeira coisa que fez foi entrar no templo, primeiro andando, porém a alegria era muito grande então ela saltou e glorificou a Deus.
Frases não terminadas limitam nosso sucesso. Engessam nossa comunhão com Deus. Inibem nossa vida profissional. Coisas pela metade são sinônimo de má vontade, de relaxo, de desprezo. O nosso Deus tem prazer em começar e terminar. Paulo, o sábio apóstolo nos confirma isto em Filipenses 1.6 quando nos diz que: "Aquele que em "vós" começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Jesus Cristo". Ele terminará as frases de maldição que lançaram contra você, ele as transformará em bênçãos..."Se você obedecê-lo fielmente".Dt 28.1ª NVI.

Deus te abençoe.

Em Cristo.

Jean Rodrigo Batista

domingo, 10 de agosto de 2008

DIAS MELHORES VIRÃO!

“Senhor, o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me envolvo com coisas grandiosas, nem maravilhosas demais para mim.” Sl 131.1 NVI.

Este verso do salmista parece incabível em uma sociedade capitalista como a nossa, que preza mais pelo ter em detrimento do ser. Parece também inadequado para Davi, o autor, alguém que teve muitos bens, mulheres e poder. O que será que Davi pensava quando disse isto? A que ele se referia? Vamos ainda conversar mais sobre isto. Nossa liçao de hoje na Escola Bíblica Dominical falava sobre "Os perigos da ambição", e este verso de Davi, acima, estave entre os textos bíblicos para a meditação. Encontrei um um texto que havia escrito em 2005 que fala um pouco sobre isto. Li, dei uma atualizada e convido você a pensarmos juntos...

Se existe uma busca desenfreada em nossa sociedade contemporânea é a busca pelo perfeito, pelo excelente, pelo melhor. Estamos em época de Olimpíada e percebemos o quanto aqueles que la estão buscam a perfeição. Treinam muito, por vários dias, mêses e anos.
Somo todos assim! Queremos dias melhores; pessoas melhores; amigos mais sinceros; corpos mais perfeitos; excelentes empregos; os melhores bens; a melhor posição social; enfim. Queremos ser estar em evidência. Isto não é um erro. Quem nunca quiz ser o melhor que atire a primeira pedra.
Mas até quando almejar destaque, realce pode ser bom para nós? Quais os prós e os contras desta ânsia da sociedade atual?
Desejar algo sempre é bom, e este sentimento é totalmente justificável quando o mesmo é "ser melhor". O fato de "desejar algo! cria em nós sentimentos, emoções. Nós esperamos; sonhamos; traçamos metas; fazemos planos para quando atingirmos nosso objetivo. Tudo isto da uma energia a mais à vida; afinal; quem não tem objetivos e sonhos não vive, vegeta.
Nem todos ganham uma corrida em primeiro lugar, são para estas ocasiões que foram feitos os lugares consecutivos. Da mesma forma, nem sempre conseguiremos ser o vencedor, o número um. Temos que entender e nos auto-conscientizar de que a vida é tecida por desafios; estes; nem sempre serão vencidos por nós.
Apos uma tentativa frustrada e um sonho irrealizado, a tendência que há em nós é desistir, jogar a toalha (ja me disseram que este é o esporte mais praticado no mundo). A verdade é que só demonstramos que realmente merecemos ser os melhores, quando temos as melhores atitudes ante nossas derrotas. Quando tornamos nossas perdas em motivos para vencer, podemos nos considerar vencedores.
Vencer, nem sempre é chegar em primeiro lugar; é transpor seus obstáculos, é ir alem de seus limites. Sonhe sim! Deseje sempre ser o melhor, mas saiba: Existem muitos outros que também querem ser excelentes, afinal o mundo não é só seu! Você consegue...mas nem sempre!!! Não desista, é a vida, são os planos de Deus, afinal Ele só quer o melhor para você!

Jean Rodrigo Batista

sábado, 9 de agosto de 2008

CONFISSÃO


Hoje detive-me para pedir perdão a Deus! Para reavaliar meus conceitos e me auto-examinar.
Perdão pelo pseudo-amor com que tenho tratado meu próximo. (e isto falo não só os da família da fé, mas os com que convivo no mundo em meu dia-a-dia). Enquanto o amor prega o altruísmo eu tenho vivido um “Cristianismo Infantilizado” me afastando do mundo e empurrado para longe o mundo de mim, como que para criar uma blindagem dos “perigos de contaminação” que possam existir. Esqueço-me que Jesus conviveu com a escória da população, comeu com eles, entendeu-os. E, com seus discípulos também sempre demonstrou amor!!!
Mesmo sabendo ser o amor oblativo eu tenho buscado somente meus interesses. Parece-me que tenho acreditado que criarei anti-corpos me escondendo dentro de uma bolha chamada “casa-igreja-igreja-casa”
Perdão pela inconstância em examinar a tua Santa Bíblia e consequentemente não entender os preceitos divinos do amor ao próximo. Em vez de estuda-la tenho somente a colocado frente aos meus olhos e acatado o que todos dizem e comentam sobre o que nela está escrito. Tenho vivido uma legalidade cristã, baseado-me em tudo o que me prende e me proíbe para criar minhas “regras de fé”, muitas vezes esquecendo que o conhecimento da verdade me libertaria, e não me escravizaria. E isto é uma promessa divina! Eu não vivenciei esta liberdade que deste em minhas mãos, preferi aceitar preceitos de homens!!!
Perdão por querer empurrar meus conceitos infundados e crenças sem ortopraxia nas pessoas, sem entende-las. Somente tenho dito que aceitem aquilo que nem eu entendo e vivo! Digo-as que estão se afogando e que quero salva-las, mas elas nem viram e nem puderam entender o porque desta minha conclusão...digo-as que estão perdidas, mas elas não se vêem assim. Eu não as explico o porque, somente as tiro do caminho em que estão.
Perdão por ter aceito o “pacote pronto” que me entregaram dizendo ser um puro modo de viver cristão. Por ter crido em um cristianismo irracional e em uma fé ainda mais. Por não ter analisado seu modo de viver aqui na terra para basear meu cristianismo e minhas teologias. Quem sabe se o tivesse feito elas não seriam tão egocêntricas assim!
Perdão por esta máscara hermética que permiti que se criasse em minha face para esconder-me do mundo e não viver a verdadeira vida de cristão, como luz do mundo. Enquanto tu disseste para sermos e fazermos a diferença tenho buscado me anular e esconder-me na tentativa de me manter separado do pecado...ou, muitas vezes nem se o motivo desta separação!!!
Perdão por ouvir e saber tantas verdades e não pratica-las. Tenho me reconhecido omisso e falho para contigo, para com meu próximo e para com minha igreja, mas nada tenho feito. Por achar que somente pensando isto e escrevendo poderei redimir-me de meu pecado.
Perdão, por não ter reconhecido até então que o cristianismo é mais do que esta vida inconseqüente e ingênua que tenho levado, mais do que meus preceitos infundados, mais do que minha pseudo-misericórdia do próximo, acima de minha omissão em amar com o amor de Cristo, mais alto que as montanhas de meus pecados.
Perdoa-me Senhor...
Jean Rodrigo Batista

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Por que somos imediatistas?


E isto é pra ontem! É assim que se ouve falar! Um chefe a um empregado; um pai a um filho; professores aos alunos...
Tudo anda a uma velocidade máxima! O vai e vem dos carros, o ir e vir das pessoas , a moda, as novidades. O que hoje é contemporâneo e relevante, amanhã já é obsoleto. Os dias passam com mais rapidez e quanto mais deles vivemos, concluímos que eles são muito pequenos.
Nossos anseios, nossos projetos planos parecem ser tão vastos para uma vida tão pequena. Nossos objetivos, (demasiadamente distantes) ao nosso ver, só serão alcançados depois de uma longa caminhada a percorrer, e ela requer tempo, por isto muitos desistem.
Mas quem tem tempo? São pais que não os dispensam mais a seus filhos, maridos que não o compartilham mais com suas esposas, chefes que ignoram que ele exista a seus empregados...A desculpa é sempre a mesma. Não tenho tempo!
Todos, queremos tudo pra ontem! Quando pedimos algo a alguém, é como se já o tivéssemos feito há anos, e se o outro puder nos responder e fizer nossa vontade no mesmo instante, ainda assim ele corre o risco de ouvir um curto e grosso: Já era hora!
Esta impaciência vigente na sociedade atual esta eivando nossas vidas, nossas igrejas, família, amigos, a tudo e a todos. Esta doença destrói vidas, casamentos e até tira o prazer de viver!
Como já dissera um sábio pensador: “Muitas vezes, esperar uma resposta faz parte da resposta.” Mas, ao contrário disto, o que vemos são montes de reclamações que fluem de todos os lados. Filhos descontentes por não saber esperar uma disponibilidade de seu pai, pessoas depressivas por frustrarem-se com o tempo, cristãos que não conseguem esperar em Deus, mesmo quando afirmam confiar nele...
Procura-se alguém que nunca foi impaciente! Ser, é uma virtude. Esperar é ter ciência da validade do que você espera; é saber que a perfeição requer tempo; é ter certeza de que o seu pedido foi o melhor...
Nem tudo que você pede você ganha, afinal, o mundo não é composto somente de servos seus! Todos têm petições... Eu peço!
- Senhor, ensina-nos a esperar!
Jean Rodrigo Batista